quinta-feira, 1 de maio de 2025

Em 2015, apareceu 4 vezes. Em 2019, já foi 22. Em 2022, subiu ligeiramente para 23. Em 2024, aumentou para 26. E agora são 32. 32 vezes que a palavra "resiliência" (e seus derivados) surge no programa eleitoral do Partido Socialista. O que quer o PS para a economia? "Resiliência". Como quer ele tratar a água? Adquirindo "resiliência" hídrica. Onde está o foco do Programa de Intervenção para a Floresta? Na "resiliência" dos espaços florestais. E o que dizer da transição energética? Há que promover a "resiliência" do sector. Seja sobre actos eleitorais, a cibersegurança, a agricultura, o SNS, a sociedade ou o país como um todo, se é uma área onde o Estado está envolvido, então podem estar certos de que o PS vai definir as suas ambições para ela recorrendo, muito provavelmente, à mesma palavra de ordem.

Embora a diferença não seja gritante, no da AD, o termo surge 19 vezes e, no da IL, está presente apenas 12. Por isso, duas impressões ficam após se ler o programa do PS. A primeira, a da admissão tímida de um partido que, após 8 anos no governo, deixou o país tudo menos resiliente. E a segunda, a de que se está a precisar, para os lados do Largo do Rato, de um dicionário de sinónimos. Urgentemente.

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