sexta-feira, 13 de junho de 2025

O cruzamento entre duas das maiores glórias do cinema contemporâneo - a saga John Wick e a actriz Ana de Armas - é motivo suficiente para colocar as expectativas justificadamente em alta. O que é sempre motivo para entrar receoso. Mas, mesmo que estejam subaproveitadas a elegância cerimonial da primeira e a sensualidade latina da segunda, mesmo que faltem o estoicismo lacónico, o argumento enxuto e o consistente virtuosismo técnico que ajudam a tornar o universo wickiano no cinema de acção mais depurado que hoje em dia é feito, a estilização visual, as coreografias prolongadas, o humor sádico e o submundo criminoso ancorado em regras e consequências não deixam margem para dúvidas: é uma digna adição à saga e que em nada a envergonha. E, como os melhores momentos dela, um ballet da mais catártica pancadaria.

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