quarta-feira, 31 de março de 2021

Andava aqui a reler excertos da autobiografia do Sternberg, "Fun in a Chinese Laundry", e deparei-me com esta (insólita) história cinéfila:

«O que dizer a um grande número de pessoas será sempre um problema. Neste âmbito, Marcel Pagnol é o centro de uma divertida anedota. Para o seu laboratório, em Marselha, foi levado um negativo para ser processado. Terminada a revelação, descobriu-se que o filme era pornográfico. Quando o cliente ligou para aceitar a entrega, este foi abordado por Pagnol, que lhe disse para nunca mais escurecer a soleira da sua porta. Desanimado com a reprimenda, este realizador balbuciou que, para ele, era um golpe ser privado da elevada qualidade técnica que distinguia a fábrica de Pagnol. Com a simpatia despertada pelo infeliz comerciante, Pagnol começou a puxar conversa com ele e, curioso, perguntou-lhe se não era extremamente difícil encontrar actores para um filme desse género. O homem suspirou profundamente e disse: “Ah non, monsieur. Le sujet! Le sujet! O meu problema não são os actores, mas encontrar a história apropriada."»

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