segunda-feira, 3 de julho de 2017

É você, caro leitor?


«(...) Era na época em que ele não sabia que impressão desejava provocar nos outros. O jovem obcecado pelo cinema. O que esteve ele aqui a fazer?
(...)
Ele era extravagante e inventivo, improvisava o trabalho e tinha muitas ideias a respeito do cinema, da situação do cinema, do significado do cinema, da linguagem do cinema.
(...)
Ele estava cheio de sofrimentos ridículos, de impulsos exagerados, tinha um ar sombrio que caracterizava mais um estilo do que um conjunto de circunstâncias deprimentes, e parecia extremamente satisfeito consigo próprio quando amaldiçoava a neblina glacial que se espalhava pelas encostas.»

Don DeLillo, Os Nomes (1982).
Tradução de Maria Manuela Ribeiro.

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