terça-feira, 30 de janeiro de 2024

A Nova Direita quer exigir aos imigrantes que tenham "pleno conhecimento da língua" lusitana para atribuição de nacionalidade portuguesa. Não "suficiente", não "bom", mas "pleno". Quer dizer que, para se ser português, os membros deste partido exigirão aos estrangeiros a leitura obrigatória da gramática do Cunha e Cintra? Irão ordenar a conjugação de verbos como ‘Tergiversar’ em todos os tempos do conjuntivo? Ou requisitarão rigorosas análises sintácticas e morfológicas das mais esdrúxulas e insólitas frases? 

A menos que o plano passe por conceder oportunidades de carreira muito específicas aos imigrantes, o objectivo deveria ser a atribuição de cidadania portuguesa. Não um mestrado em Linguística. E, se é para enveredarmos nisto do "pleno conhecimento da língua", então comecemos a olhar para os "portugueses de gema", explorando as caixas de comentários das redes sociais e removendo a nacionalidade a quem comete as mais gritantes calinadas. Custa tanto chamar a tais indivíduos de "meus concidadãos".

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