quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

A meio do "Anticristo" do von Trier, a personagem de Willem Dafoe ouvia o grito inusitado de uma raposa falante: "O caos reina", dizia ela com as suas mandíbulas ensanguentadas. No final do mais recente Ferrara, "Siberia" (outro filme com Dafoe), um peixe ainda vivo numa frigideira, também misteriosamente dotado da capacidade da fala, murmura qualquer coisa em hebraico ao actor. Com tantos animais a falarem com Dafoe, chegou a altura de lhe dar o devido epíteto: é o Dr. Dolittle do cinema de autor.

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