quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Fui com C. à CGD para ela poder tirar os recursos financeiros de um produto que tinha subscrito para outra opção mais favorável. O comercial que nos atendeu disse-nos sarcasticamente sobre o produto que C. ia deixar de subscrever, "Com estas taxas (3,4% brutos, temporários por causa do aumento da Euribor no último ano e meio), têm de me dizer que produto é esse para eu colocar lá o meu dinheiro todo" e "Vocês é que sabem". Aceitei a provocação e falei-lhe na Trade Republic, uma corretora alemã que dá 3,75% no dinheiro à ordem, com efeito de juros compostos a cada mês. Abri-lhe a minha aplicação da TR para lhe explicar o processo da atribuição e recálculo de juros. O comercial olhou para nós e, já sem qualquer sarcasmo, respondeu frases aprovadoras como, "Não sabia", "Vou ter de explorar isso", "Isso é muito fixe, aproveitem" e "Com essa é que me apanharam".

Querem saber o quão grave é o problema da iliteracia financeira em Portugal? Nem os trabalhadores de bancos sabem que há corretoras internacionais que dão mais pelo dinheiro não investido do que os nossos bancos nacionais pelo dinheiro investido. Razão pela qual continuamos tão mal servidos em termos de produtos poupança.

Sem comentários:

Enviar um comentário