1) Sinto falta do "Sem Moderação". A seguir ao "Governo Sombra"/"Programa Cujo Nomes Estamos Legalmente Impedidos de Dizer", era o programa de debate político que mais apreciava. E pelas mesmas razões. Eram 4 amigos à beira de uma mesa, cada um com as suas experiências, ideologias e mundividências próprias, a reunirem-se para comentar os temas da semana, ora com mais ou menos sentido de humor, ora com mais ou menos referências culturais para ilustrarem os seus pontos. Não é incompreensível a estratégia da estação em dividir o quarteto em 2 duplas para dias diferentes, optando-se por um segmento confrontativo esquerda/direita. Mas, para isso, já há tantos semelhantes, a começar pelo "Linhas Vermelhas", onde as clivagens estão mais vincadas e o debate atinge níveis mais acirrados.
2) Falando no "Linhas Vermelhas", é uma pena a remoção do Pedro Delgado Alves às 4ªs feiras. Não é só pela inata simpatia que nutro por quem, como eu, é uma metralhadora retórica, disparando rajadas de palavras demasiado céleres para a maioria das pessoas. É também por ter sido um comentador capaz de enfrentar e ganhar à altivez e tendência sistemática para a interrupção do Miguel Morgado, se não num debate de conteúdo, pelo menos de forma. É penoso ver a condescendência com que este novo Miguel Prata Roque é tratado. E ele fica-se.
3) E o Pedro Nuno Santos, hã? Longe vai o ministro aguerrido, valentão e de peito para fora. Ao invés, cá está um deputado calmo, dócil, esporadicamente tímido. Prova de que até os mais bravos ficam facilmente domados quando se encontram frente-a-frente com a Nelma Serpa Pinto.
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