77 anos com uma incansável vitalidade em palco e disponibilidade para com o seu público. Ora organizando-o em comboiozinhos (olhei para trás e parecia a Gare do Oriente), ora soltando-lhe os seus dichotes peculiares ("queria agradecer à roulote que está lá fora porque estão a aplaudir com muita fartura"), ora fazendo apenas aquilo em que é mestre (não, não é da culinária): cantando cantigas populares de humor malandro (mas nunca vulgar) que os que lhe escutam acompanham com o mesmo ardor com que se grita a "Grândola" no dia da Liberdade. Um espectáculo de cacofonias, duplos sentidos e boa disposição que se diverte em exibir na sua agaiatada modéstia a nossa mais apimentada portugalidade.
E pronto, na companhia do Springsteen e da Taylor Swift, fica assim fechado o pódio de melhores concertos a que assisti até agora.
Sem comentários:
Enviar um comentário