sexta-feira, 16 de agosto de 2024

De quando em vez, em nome do bem-estar doméstico, um tipo tem de se sujeitar a estes exercícios cinematograficamente sofríveis. Mas quão tortuoso este em específico pode ser: melodrama de pacotilha, personagens estereotipadas em catadupa, versão um tanto aligeirada (apetece dizer "telenovelada") de relacionamentos abusivos, a ingénua crença de que todos os actos bons e significativos que um homem faça são por causa de uma mulher, e, claro, diálogos que mais parecem escritos por uma rapariga do 7º ano cuja principal referência literária é uma antologia encadernada de guiões dos "Morangos com Açúcar". Em suma, um "filme de gaja". Com todo e qualquer sentido pejorativo.

E dou por mim a pensar: "Mas porquê? Qual é o motivo que leva um cineasta a pegar num argumento tão frouxo e a pôr em risco a integridade da sua reputação para filmar isto?" Depois, dizem-me: "Olha que o realizador é o actor que interpreta a personagem que anda aos beijos com a Blake Lively." E aí, ó meus amigos, quão compreensivo fico.

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