sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Aqui, em Aveiro, domingo não será só dia de eleições. Será, sobretudo, o desfecho desta contenda política entre dois irmãos, o mais velho (PS) e o mais novo (PSD), netos de um antigo presidente da câmara local cujo legado inspirou as candidaturas de ambos. Se Shakespeare fosse vivo, estaria a escrever mais uma da suas obras-primas partindo desta disputa fraterna pelo poder. O seu nome? "Rei Folar".

https://observador.pt/especiais/indecente-isaltino-de-terceira-o-tempo-dele-ja-foi-o-duelo-dos-manos-rivais-de-aveiro-descambou/?utm_term=Autofeed&utm_medium=Social&utm_source=Facebook&fbclid=IwdGRjcANVnGpleHRuA2FlbQIxMQABHsnQNlCbKbQPlfR_5FDyuWu-jis5np7-yB--o1HkvYnJ4dVseJ2T4MPZn88h_aem_OXlYWd4B5CSIm5TMfpLQUQ#Echobox=1760049001

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Autárquicas '25

A minha vontade de votar num partido reduz a cada nova entrada do respectivo carro com o hino de campanha a tocar estrepitosamente na minha rua.

domingo, 5 de outubro de 2025

O Casanova a dizer as verdades

"Sociólogos com sorrisos terríveis vão ao telejornal dizer-nos que temos de despejar caldo-verde nos sapatos para combater a inflação. Mas é mais uma mentira do Sistema, nunca funciona, estão a rir-se na nossa cara, os preços continuam a subir e os nossos pés agora cheiram a couves e a desespero. É um insulto aos nossos antepassados, homens orgulhosos, habituados a pagar 15 escudos por uma bifana, mas o pão era pão verdadeiro, não esta esponja de supermercado; um pão que cheirava a império e trazia cabelos da Virgem de Fátima. Agora a comida é diferente, tem sal a menos e cores a mais, por causa dos lóbis. As elites pegaram no nosso ouro e entregaram-no aos chineses, em troca de crepes vegetarianos e bilhetes para a Champions. As elites estão a importar esquimós e a dar-lhes subsídios para matarem os golfinhos do Sado. Não vão ver isto nos telejornais, não é conveniente."

https://www.publico.pt/2025/10/05/opiniao/cronica/reconquistar-portugal-2149491

sábado, 4 de outubro de 2025

Se “The Tortured Poets Department” foi um ligeiro deslize na carreira da Taylor Swift, “The Life of a Showgirl”, embora ainda não seja o retorno à grande forma, volta pelo menos a acertar-lhe o rumo. E prova que um disco com o devido trabalho de curadoria, um centro temático bem-definido (a fama, com todas as suas glórias e contendas, vantagens e sacrifícios, holofotes e sombras) e uma duração facilmente digerível (40 minutos), torna a audição bastante mais aprazível do que um álbum duplo mastodôntico e errático que, salvo esporádicas excepções, resulta numa experiência de soporífera repetição.

"Quantidade não é qualidade", já lá diz o adágio. E que bem sabe ouvir o devido pirete musical à cultura de cancelamento.

domingo, 28 de setembro de 2025

Podemos ser um país de baixos salários, altos impostos, debilitados serviços públicos, grandes dificuldades de acesso à habitação e tantas outras tristezas. Mas somos também o país da Diana Chaves. E se isso não compensa todas estas maleitas, pelo menos traz um enorme bálsamo para ajudar a suportá-las de outra maneira.

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

No meu caso, até já procuro em apps e, em momentos de muita fraqueza e pouco pudor, pergunto a estranhos se conhecem alguma. Ao que um homem pode chegar... 

«Prova de Vida (Diários 2004-2006)», Pedro Mexia

terça-feira, 23 de setembro de 2025

1938 - 2025

Quando vejo um filme, um cartaz, uma fotografia, o que for da Claudia Cardinale, é frequente vir-me à cabeça aquele momento do «Manhattan» em que o Woody Allen diz para a Mariel Hemingway: «You know what you are? You're God's answer to Job, y'know? You would have ended all argument between them. I mean, He would have pointed to you and said, "I do a lot of terrible things, but I can still make one of these." You know? And then Job would have said, "Eh. Yeah, well, you win."»

Addio, bella.