sábado, 6 de janeiro de 2024

Consigo compreender o fascínio pelo Ryan Gosling: a sua masculinidade "cool" torna-o fácil de imaginar numa oficina, usando uma t-shirt manchada de óleo com os abdominais ginásticos bem salientados. 

Consigo compreender o fascínio pelo Ryan Reynolds: o seu sentido de humor carismático torna-o fácil de imaginar num sofisticado bar com espectáculos de comédia "stand-up", piscando sedutoramente o olho aos membros femininos da audiência enquanto as gargalhadas e os aplausos recebem as suas piadas certeiras. 

Consigo até compreender o fascínio pelo Benedict Cumberbatch: o seu sotaque elegante torna-o fácil de imaginar numa instituição académica de prestígio, uma espécie de professor charmoso que faria as alunas escreverem nas pálpebras as palavras "Love you" como vimos no primeiro "Indiana Jones". 

Mas não consigo compreender - não consigo mesmo - o fascínio feminilmente consensual, universal e transgeracional, de jovens adolescentes a mulheres maduras, pelo Timothée Chalamet. É que só o imagino sentado num refeitório estudantil, de uniforme colegial aperaltado, enquanto merenda um pacote de Oreos acompanhado de um copo de leite bem morninho.

Sem comentários:

Enviar um comentário