terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Top 10 obras-primas 2022

1º - Gal Gadot, "Death on the Nile"
2º - Renate Reinsve, "A Pior Pessoa do Mundo"
3º - Juliette Binoche, "Avec amour et acharnement"
4º - Rachel Brosnahan, "Dead for a Dollar"
5º - Ana de Armas, "Deep Water"
6º - Margaret Qualley, "Stars at Noon"
7º - Shannyn Sossamon, "There Are No Saints"
8º - Camille Cottin, "Stillwater"
9º - Jennifer Connelly, "Top Gun: Maverick"
10º - Salomé Dewaels, "Illusions Perdues"

Prémio Galateia: Rita Matias, deputada do Chega













Notas finais (escritas em plural majestático, como manda a prática, para garantir a mais solene seriedade da nossa apreciação):

1) Misturam-se os anos de 2021 com 2022, estreias de streaming com lançamentos em sala, filmes já exibidos com outros que ainda tardam... Esta lista dá a imagem de uma bandalheira anárquica sem o mínimo de critérios. E por isso gostamos tanto dela.

2) Só se compreende o quão pequeno é o número 10 quando se é forçado a deixar de fora Seydoux (!), Olsen (!!) ou Bellucci (!!!) de uma lista assim.

3) Não temos nenhum problema em separar a arte (ou a beleza humana) da política. O facto de Alain Delon apoiar publicamente a família Le-Pen não faz dele mais feio (nem, já agora, pior actor) do que se andasse a distribuir panfletos do "La France Insoumise", a colar cartazes do "Labour Party" ou a servir imperiais em churrascos da JSD. Pobres são os que permitem ter o seu juízo estético enublado pelo nevoeiro severo das agendas ideológicas. O hemiciclo parlamentar à direita está mais desagradável, boçal e rasteiro? Sim, mas, num lugar muito concreto e específico, está também mais esbelto, gracioso e bonito. Vilipendiamos politicamente o Chega; admiramos esteticamente Rita Matias. E para quando o frente-a-frente com Mariana Mortágua?

Sem comentários:

Enviar um comentário