1º - Comece o texto com um "De que falamos quando falamos de [inserir nome de realizador cujo mais recente filme vai ser analisado ou a temática sobre o qual o mesmo reflecte]?"
2º - Caso se trate de um blockbuster a ser avaliado, certifique-se de que emprega o termo "videojogo" num sentido pejorativo, usando os filmes da Marvel como casos paradigmáticos. Defenda-se de eventuais acusações de elitismo lançando louvores ao Tubarão de Spielberg.
3º - Caso não se trate de um blockbuster, escreva que o filme em causa "está longe do mero acumular de efeitos especiais dos filmes de super-heróis."
4º - Se gosta do filme, certifique-se de que usa o termo "brilhante" em, pelo menos, um dos departamentos da produção (e.g., "montagem brilhante", "brilhante uso de efeitos especiais", "pastéis de bacalhau servidos naquela manhã pela brilhante equipa de catering").
5º - Caso tenha visto um filme comercial (ou de autor) português, diga que este é (ou que não é) semelhante aos reality shows e compare a semelhança (ou diferença) da interpretação dos seus actores aos de "telenovelas e seus derivados" (ou aos de "telenovelas e seus derivados").
6º - Se lhe parece que o filme vá ser destacado pela próxima edição dos óscares, saliente esse facto, mas disfarce, imediatamente, o seu interesse pela cerimónia, ao dizer que os resultados da mesma não têm qualquer relevância para a qualidade do objecto fílmico em si.
7º - Como conclusão, chame a atenção, em tom interrogativo, para o quão "sintomático" dos dias de hoje é o que o filme em causa apresenta, colocando, como remate final, um "eis a questão" confiante e paternalista (e.g., "Que é sintomático da falta de imaginação corrente o facto do João Lopes andar a escrever as mesmas críticas desde há mais de 10 anos? Eis a questão.")
Nota: E não se esqueça, um hélas por dia, dá saúde e alegria.
Nota: E não se esqueça, um hélas por dia, dá saúde e alegria.
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