«Rossellini: "É um dos raros cineastas que preferem a vida ao cinema, a realidade à ficção, a reflexão à inspiração, o homem ao actor, o conteúdo à forma que o contém."
Renoir: "Não estou longe de pensar que a obra de Jean Renoir é a de um cineasta infalível; digamos mais comedidamente que o trabalho de Renoir foi sempre guiado por uma filosofia da vida que se exprime com a ajuda de algo que se assemelha muito a um segredo profissional: a familiaridade."
Hitchcock: "O cinema de Alfred Hitchcock sem ser sempre exaltante é sempre enriquecedor, quanto mais não seja pela lucidez espantosa com que denuncia as ofensas que os homens fazem à beleza e à pureza."
Orson Welles: "Como Henry James, beneficiou de uma cultura cosmopolita e veio a pagar caro esse privilégio com o inconveniente de não poder sentir-se em sua casa em parte nenhuma: americano na Europa, europeu na América, ele será sempre, senão um homem despedaçado, ao menos um homem dividido."
Ernst Lubitsch: "No papel, um argumento de Lubitsch não existe, não tem nenhum sentido, depois da projecção também não, tudo se passa enquanto olhamos."»
Carlos Melo Ferreira, Truffaut e o cinema (Edições Afrontamento, 1990).
Sem comentários:
Enviar um comentário