domingo, 29 de junho de 2025
quinta-feira, 26 de junho de 2025
quarta-feira, 18 de junho de 2025
terça-feira, 17 de junho de 2025
A juíza que questiona directamente os Anjos se têm noção de como funcionam as redes sociais; o Sérgio que diz que até faz piadas com invisuais; ou ainda a afirmação deste de como sofreu de acne com toda esta situação.
Espero que os humoristas de Portugal inteiro estejam a tomar notas do julgamento "Anjos vs Joana Marques". Está aqui matéria para um belo sketch.
Há homens e mulheres. Há novos e menos novos. Há lisboetas, alentejanos, escalabitanos e algarvios. Há abstencionistas. Há aqueles que votam há anos. E há pessoas que só recentemente começaram a votar. Há ex-votantes do PS, do PSD, da CDU e até do PAN. Há medo e preconceito. Mas há também frustração e trauma. Há polícias, bombeiros, mecânicos, estudantes, baristas, taxistas, operários fabris e empregados de café. Pessoas que se baseiam apenas no que ouvem. E outras nos difíceis momentos que viveram. Não digam que os eleitores do Chega são apenas fascistas (quando antes votavam nos partidos que votamos) e que o modo certo de tratá-los é mantendo a devida distância higiénica. Porque alguns estão apenas a precisar de ser escutados. E esta reportagem é um bom ponto de partida.
https://observador.pt/especiais/o-que-pensam-os-eleitores-do-chega/
sábado, 14 de junho de 2025
Nas notícias: "Israel avisa que ataques no Irão não são nada comparados com o que está para vir"
O que está para vir:
(Sim, eu sei. Pessoas a morrer de ambos os lados, o risco de uma escalada bélica ainda mais abrangente no Médio Oriente, e eu aqui a fazer humor sexista com a situação. Compreendo a vossa eventual indignação, mas, enquanto a juíza Barbara de Lima Iseppi não vem trabalhar para Portugal, deixai-me aproveitar as liberdades que esta nossa democracia ainda me permite.)
sexta-feira, 13 de junho de 2025
O cruzamento entre duas das maiores glórias do cinema contemporâneo - a saga John Wick e a actriz Ana de Armas - é motivo suficiente para colocar as expectativas justificadamente em alta. O que é sempre motivo para entrar receoso. Mas, mesmo que estejam subaproveitadas a elegância cerimonial da primeira e a sensualidade latina da segunda, mesmo que faltem o estoicismo lacónico, o argumento enxuto e o consistente virtuosismo técnico que ajudam a tornar o universo wickiano no cinema de acção mais depurado que hoje em dia é feito, a estilização visual, as coreografias prolongadas, o humor sádico e o submundo criminoso ancorado em regras e consequências não deixam margem para dúvidas: é uma digna adição à saga e que em nada a envergonha. E, como os melhores momentos dela, um ballet da mais catártica pancadaria.
segunda-feira, 9 de junho de 2025
Sobre certas regiões do Nordeste brasileiro, do tal espectáculo do Léo Lins que levou à sentença de uma multa milionária e a 8 anos de cadeia.
(Poderia ser o programa de mais mau gosto da História da Comédia e dar origem à mais branda punição da História da Justiça, que todo este caso não me deixaria de parecer o que é: um grave atentado à liberdade humorística, mais próprio de tiranias do que de regimes supostamente democráticos. Mas não, das figuras de estilo à entrega das piadas, trata-se de um programa de humor negro genuinamente engraçado, minuciosamente trabalhado e garantidamente bem acima do padrão que por cá foi estabelecido com os medianos Sineis de Cordes, Rui Cruzes e afins. Raios, tem até mais piada do que os últimos espectáculos do Ricky Gervais. Para além de toda a aura celebratória da liberdade de expressão que ganhou com este infeliz caso, não tenham dúvidas: vê-lo é permitir-se ser presentado com boa comédia stand-up que nos recorda da importância do riso enquanto válvula de escape para toda a violência que faz intrinsecamente parte da condição humana. A graça e a desgraça caminham juntas, e permitir-se rir com a primeira é atingir uma vitória sobre a segunda. Que o riso não falte ao Léo Lins nos próximos tempos.)
domingo, 8 de junho de 2025
sábado, 7 de junho de 2025
Por acaso, numa altura em que várias parcelas da população revelam descontentamento com o legado de António Costa e em que parte significativa do eleitorado apela a entendimentos entre os partidos do centro, não vejo melhor rosto para uma candidatura presidencial, por parte do PS, do que o de António José Seguro.
Ainda esperarei pelos debates para consolidar o meu sentido de voto. Por ora, digo que, de Sansão a Mufasa, sempre simpatizei com personagens atraiçoadas por membros do seu círculo mais próximo. E que muito me agrada a ideia de contribuir para um "comeback" político português.